MARLI RODRIGUES

Mangaratiba - centro

Vim parar em Mangaratiba há 50 anos por intermédio do pessoal do futebol. Abri uma pensão de comida, me apaixonei, casei e fiquei para o resto da vida. A cidade era muito boa: tinha bloco de carnaval, cinema... aí acabaram com o cinema. Todo mundo se conhecia. Depois foi tudo se modificando. Há 30 anos moro do outro lado da Rio-Santos, na Praia do Saco. Vi a Rio-Santos chegar. A pensão também era na Praia do Saco, mas eu fechei há alguns anos. Lembro que antes era difícil chegar lá porque a estrada era ruim e o ônibus atolava. Eu servia principalmente para as firmas, que tinham mais de 10 mil funcionários. Meu marido sofreu um acidente grave de trabalho. Ele era lanterneiro e teve boa parte do corpo queimado. Mas mesmo depois do acidente ele ainda foi mestre-sala de bloco, e eu saí de destaque. Adorávamos o carnaval! Ele teve uma oficina mecânica em casa e descobriu que estava com câncer porque começou a cair muito da bicicleta – ele ia pra todo lugar de bicicleta. O acompanhei até o fim.

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